Tropecei na margem inferior
de uma página,
o semblante
de um livro sem sinopse,
uma folha distraída abraçada
à terra,
alimentada pela sua astúcia,
raíz audaz e improvável.
Tropecei na margem inferior
deste corpo inerte,
excêntricismo,
uma floresta perdida talvez
(numa cidade),
um corpo que busca o seu
alimento,
o saciar de sua sede,
a sua razão existencial…
Tropecei na margem inferior
outra vez,
outro percurso,
outra viagem subtil,
enterrei os meus pés na
terra,
fechei os olhos
e encarnei aquele quadro.
Marco Mangas
(Imagem: Tela de Claude Monet)
Lindo poema!
ResponderEliminarAgradeço o comentário!!!
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