Hoje
deixo o sol invadir o meu
ego,
deixo-o romper e corromper
entre as brechas do meu
pensamento,
recordo a sombra que deixei
para trás,
os rostos que beijei,
a terra pisada.
Há uma brisa de Sul,
um novo ventre nas margens
da ria,
um pássaro branco que sorria
contrastando com o céu azul,
apregoando um novo dia,
uma nova sombra…
Sou o contraste do tempo,
o rosto do passado e do
futuro,
o azul e o outro azul,
o outro eu que não encontro
neste clarão.
Hoje e amanhã,
serei o espelho da voz
serena,
a ternura do pássaro branco,
o seio vivo do poema,
não me encontro no tempo,
outro amanhecer,
outro amanhã…
Marco Mangas
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