Treze pétalas apenas
para cobrir o retrato de uma
flor
germinada para lá do abismo,
matéria mascarada
na solene madrugada
que interrompe o silêncio
com o seu cântico sereno e
afável.
Treze pétalas apenas
me separam de ti
e das tuas sílabas oblíquas,
o fruto carnudo,
alimento dos meus olhos,
o sorriso esquecido há muito,
atrás da montanha.
Treze pétalas apenas,
o segredo do gesto,
o tacto que realiza os
contornos do poema,
o paladar da tua cor,
a voz de uma lágrima (em silêncio),
sempre a noite
e o sonho de um cego.
Marco Mangas
Lindo poema!
ResponderEliminarMuito grato!
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