Era
madrugada,
e lá
estava de braços ancorados à terra,
reflexo
perdido de um espelho árido
submerso
no fundo do mar pleno,
adormecido
pelo silêncio da noite,
rasgando
todos os versos envelhecidos,
fragilidade
corpórea…
Passaram
horas, marés,
(outra
alvorada)
e lá
estou, fulcro da memória,
flores
de pânico submersas,
ossos
triturados de uma página,
conchas
quebradas, vazias…
…matéria
saboreada pelos olhares do sul.
Marco Mangas
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