Descalço
e quase desnudo,
A
roupa foi substituída pelo suor,
Os poros,
inocentes, dilatados,
No
corpo cúmplice e febril…
Arrepios
rendidos ao calor,
Ao sufoco
incontestável,
Versos
rendidos, suados,
A
folha é cinza, poeira,
É
água incolor, evaporada…
E
agora?
Onde
habitam as palavras destemidas?
Como
deliro?
Onde
me encosto?
Quando
descanso?
Tragam
gelo, para apaziguar o fogo,
Folhas
de árvore, areia,
A
minha sombra, o meu jazigo,
O
meu paladar salgado,
Incompleto
de letras insonsas…
A
inquietude estrebucha no silêncio,
Em
busca do oxigénio da noite,
Do
desejo do mar,
Da
ausência do calor,
Rendido
ao poema…
À
loucura…
Marco Mangas @ 10 de Julho de 2013
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