quarta-feira, 17 de julho de 2013

Instante lapidado...


Ali foste uma alma nua e lapidada,
Onde os versos se soltaram,
O chão estava ensopado de lágrimas,
Ondas gritavam de emoções,
Horizontes dispersos,
… incandescentes,
Provocados pela agitação lunar,
Negros e sombrosos vultos,
Reflexos de um nada,
de um tudo…
Uma vela, uma luz acesa,
Um candeeiro apagado,
Uma voz que entoava ao longo da costa
O olhar é, nada mais que, a foto
Daquela miragem…
Do agora (queria eu dizer),
Do presente que me deixaste,
Mas que já é passado,
Dissolvido em cores e sentimentos,
Transformado em memórias,
…recordações…
Boas e más, brancas e negras,
Vermelhas, azuis, verdes, amarelas…
Todas as cores farão parte desta paleta,
Deste sempre e eterno instante lapidado…


 Marco Mangas @ 9 de Julho de 2013

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