(Nestes dias)
…observo a inquietude dos
campos,
os ramos de árvore ganham vida,
rasgam-se corpos
que voam sem rumo pelas
cidades
no desespero e seiva de dor.
(Nestes dias)
...observo as fogueiras apagadas
na cinza,
camufladas pelo céu,
inebriadas pela força das
tormentas
como as raízes que se escondem
na fertilidade da terra
e que procuram o seu
(con)solo.
(Nestes dias)
…procuro o conforto dos
pássaros,
os esconderijos de suas crias assustadas,
as árvores eram o seu único
abrigo,
as sementes que já lá não
estão (o seu alimento),
os dias de sol, o seu alento!
(Nestes dias)
observo, procuro e escrevo,
mas não ignoro as tempestades…
Marco Mangas
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