Apenas
o
refugio de um fruto
que
se abriga do frio.
Intolerável
a
inquietude do seu manto corpóreo.
Caduca
a
sua respiração,
a
sua forma de estar,
o
seu corpo
(cada
vez mais denso)
consumido
pelas palavras ocas
e
pelo tempo vão…
Um
fruto.
Um
fruto, apenas…
Um
fruto cada vez mais só,
cada
vez mais ébrio,
cada
vez mais próximo da terra,
da
infertilidade,
da
insensatez,
da
cegueira da multidão.
Um
fruto maduro que se suicidou,
um
fruto que não alimentará
a
gula do Homem.
Marco Mangas
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