terça-feira, 4 de novembro de 2014

O meu cálice



(Re)tomarei o meu cálice
brindando à angústia,
sedenta do teu corpo nú,
do teu sangue de veludo,
meu sal cristalino,
de teus seios carnudos,
seiva de meus desejos,
do teu sexo - alimento
de minha flor ao relento.

Conturbada a minha voz,
escrevo com o coração,
em tons de escarlate,
contornos de carvão, 
o espectro do exíguo
de um jardim sem flores,
de um mar sem sal,
amores e (des)amores,
dor sem cura, afinal…


Marco Mangas @ 4 de Novembro de 2014

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