Nesta
música visualizo um filme,
um
ponto de exclamação
e um
contraponto alimentado
pelo
seu género épico-lírico.
O
relato de uma simbólica insensatez
projectada
num ecrã colossal,
mesmo
à medida da néscia popular
acorrentada
à leviandade e frustração.
Adormeço
e observo um mar vil
sugar
toda a tecnologia excedente,
acabar
com a poluição de mentes,
com a
peçonha capital,
com a
manipulação teatrada
e
retratada pela (suposta) crise
utópica
e inexistente.
Grito
e escrevo para o povo:
Basta!
Basta! Basta!
Basta
de cuspirem para o chão,
e
para o espelho que vos reflecte.
A
vida é uma curta-metragem,
confrontada
pela desigualdade
ininterrupta
e manipulada.
Neste
filme,
os
holofotes apontam única e exclusivamente
para
os protagonistas de sempre,
sintonizados
no canal das políticas podres,
animalescas
e descartáveis.
O
cidadão é o mero figurante.
O
artista é apenas um ponto
final.
Marco
Mangas @ 9 de Junho de 2014