domingo, 18 de agosto de 2013

Ar(dor)



No meio de tantas, uma página invisível,
Uma hipérbole de espinhos no seu inverso,
Um (ar)dor, um prefixo de dor indescritível,
Naquele gesto atordoado de um incógnito verso.

Entre gemidos e ruídos sem compasso…
A descrição da dor é transparente,
(Embora presente) a rima em seu repasso,
(Ar)dor que não se vê, mas que se sente.

Seguindo em frente, desfolhando o caderno,
Entre soluços hesitantes, o receoso pleonasmo,
Agudos espinhos que perfuraram o esterno,
(Ar)dor que te vingas do poeta, com sarcasmo…



Marco Mangas @ 18 de Agosto de 2013

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