segunda-feira, 25 de junho de 2012

(Só)mente criação…




Por entre o silêncio agudo, eis que surge o vento,
Invadindo aquela janela, assombrando aquela casa de madeira,
Aquela ruína abandonada, destroçada… Que tormento!

Sinos tocam, há gritos que se propagam no horizonte,
Enquanto fortes rajadas ateavam cinzas da velha lareira,
Ecos, zumbidos brotavam da tísica fonte,

Um ambiente efémero e assustador se depara…
Acordámos, não sabemos quem somos,
Onde estou, onde estás, onde estamos?
Onde vou, onde vais, onde vamos…

Somos realidade, capricho, fantasia…
Criação nua e crua de uma imaginação,
Pintura de uma singela e obsoleta tela,
Obra de arte, ilustre ficção…

 

Marco Mangas @ 21 de Março de 2011

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