quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Questiono-me



Onde estará a substância,
o sorriso da sombra que se esconde na penumbra,
a brisa deste deserto de palavras turvas,
o tropel das tempestades,
os dias ébrios e a sabedoria do vinho?

Dias súbitos…

Rosto de silêncio e sol,
timidez vertiginosa desta fadiga intemporal,
aridez imperfeita, imatura,
túbida masturbação da chama,
desejo disperso…

Inconscientemente,
procuro o abrigo, a pureza,
uma pedra que me dê conforto,
alento para beber mais um copo,
a serenidade renascida do poema.


Marco Mangas @ 04 de Agosto de 2016

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