Neste trilho de memórias,
ante vultos sombrios,
heis um clarão,
um poema que espreita o ventre,
o corpo da semente
fecundada pela lágrima
que não me ocorre.
Tacteio a terra,
firmo o olhar neste deserto
de palavras espezinhadas
pela mágoa e pela saudade
dos que partiram….
Vislumbro o tom fosco das raízes
devastadas pelo fogo,
aterrorizadas por esta vida telúrica
e seus transeuntes.
Marco Mangas@ 19 de Janeiro
de 2016
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