Não
posso
Não posso odiar os dias,
a sombra das noites,
as reticências do amanhã
Não posso pontapear a
vírgula
só porque tropecei no
passado,
outra forma, outra falácia
Não posso beber a substância
que ainda procuro,
o reflexo dos meus sonhos
Não posso alimentar-me
das palavras
e da fome dos outros
Não posso esquecer a tua existência,
o teu sorriso
espelhado no meu olhar
Não posso, não posso
…mas posso fazer de conta
posso tudo e posso nada
Marco Mangas @ 07 Agosto
2015
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