Procuro
no horizonte,
um
deserto sem areia,
o
trilho de um sonho ardido,
as
marcas de uma memória acesa,
uma
montanha de palavras (sem oxigénio),
a
emancipação das raízes embutidas
na
terra que me viu nascer.
Sigo
em busca do meu corpo,
sangue
de minhas mãos,
vestígios
do meu chapéu de couro,
aroma
dos teus seios carnudos,
sombra
do meu prazer…
Quero
desvendar a origem da pegada,
a voz
da matéria ténue e palpável,
alheia
a todas as ondas do pretérito,
a
todas as premonições da razão,
canto
do meu cadáver absorto,
sepultado
sob a laje.
Procuro
no horizonte,
a
moldura de oiro,
o
retrato vivo do poema.
Marco
Mangas
@
Olhão, 12 de Fevereiro de 2015
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