No (re)verso…
Neutralizarei o sal,
as raízes mais profundas da terra,
as pedras do meu altar.
Converterei as águas do mar
de sul, em vinho doce, tinto,
sangue de minhas artérias…
A brisa não será mais que o olhar
eterno de minha aparição,
o sossego de um coração flácido,
corrompido, milagroso e ébrio.
No teu ventre, conceberei um verso,
sem rima, sem rosto, sem fim…
Herança do teu corpo,
teu sonho… meu ópio.
Marco Mangas @ 2 de Fevereiro de 2015
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