terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Do silêncio germinou tua poesia


Perante a cor lívida do silêncio,
Sem arte, sem labareda,
Fecundei um verso, por inteiro,
Reflexo de seus olhos de seda.

Colhi uma flor, tísica, sem pétalas,
Sem estames, ausência de esplendor,
Reguei-lhe com meus lábios,
Seu mundo mudou de cor.

Picotei o rascunho de seu corpo
Plagiada ficou a realidade,
Soletrámos na luz e no desejo,
Penetrou-se no poema - fecundidade.

Contemplada a espuma do oceano,
Real e surreal sua fantasia,
Gerou-se uma nova semente (enlace)
Do silêncio germinou tua poesia.


Marco Mangas @ 9 de Dezembro de 2014


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