quarta-feira, 19 de novembro de 2014

(a)Sombra

…Uma sombra vislumbra…


Amedrontados estão os campos…



Ecléticas cantigas… Assombroso silêncio…





















…De repente… A penumbra…


Murmúrios inócuos, amplos…


Nuvem, que traíste o sol do pintor,


 Já prenunciava o tal poeta…




Marco Mangas @ 19 de Novembro de 2014

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Morro no tempo...


Dias consumidos,
diferentes,
iguais a si mesmos.
Uns recalcados,
outros recordados,
mansos e silenciosos,
buliçosos e ruidosos,
sem rasto e sem descanso.
Que me canso…



…e repouso
sob a raiz do poema,
fértil nascente, sem fonema,
preito aos rascunhos do passado,
inverso do presente
e seu predicado.
Adjectivação da vida,
desígnio do corpo,
sublime capricho,
vício do poeta
que morre no tempo…


Marco Mangas @ 5 de Novembro de 2014


terça-feira, 4 de novembro de 2014

O meu cálice



(Re)tomarei o meu cálice
brindando à angústia,
sedenta do teu corpo nú,
do teu sangue de veludo,
meu sal cristalino,
de teus seios carnudos,
seiva de meus desejos,
do teu sexo - alimento
de minha flor ao relento.

Conturbada a minha voz,
escrevo com o coração,
em tons de escarlate,
contornos de carvão, 
o espectro do exíguo
de um jardim sem flores,
de um mar sem sal,
amores e (des)amores,
dor sem cura, afinal…


Marco Mangas @ 4 de Novembro de 2014