sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Fragmentos do solo infértil


Fragmentos do solo infértil,
sorrisos forçados
e debruçados sobre a calçada,
a sua inércia é a única prova
de sede e fome...
...luto e (des)luto
na infinidade subsistente,
p'la liberdade roubada,
usada como armas de arremesso.
Quero ter sede
quero a fome,
a luta,
o direito à dignidade...

                   ...Foda-se.

Fragmentos do solo infértil,
das palavras que invadem as brechas,
por entre as rochas,
durante a sua diástole,
O sufoco traduz a dimensão
da revolta,
que (re)volta
a assombrar os dias,
os corpos,
os corações...
Soltam-se as amarras (da política),
da merda do dinheiro.
Vivemos na fertilidade...


Marco Mangas @ 22 de Agosto de 2014

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