Um
pêndulo de sentidos,
amarrado
a uma corrente de palavras
e a um
maço de notas poéticas.
Tercetos
e actos em papéis ardidos,
velas
queimadas - metamorfose...
E novamente,
tudo convertido em cera
do
tempo passado,
da
realidade presente,
do
pretérito-perfeito recalcado.
- O
negro de uma pedra preciosa
encontrada
naquela noite,
O
branco vestido da donzela
que
beijaste e soletraste,
Um
misto de frio e calor,
secura
e suor,
Lágrimas
de alegria e tristeza,
O
seu doce sabor,
O
ardente gesto de prazer
do
gelo derretido em sua pele
leve
e sedosa, sedenta de carinho.
Um
pêndulo, nada mais...
O
vai-e-vem de uma lembrança,
de um
adulto-criança,
suas
memórias...
Tempos
que vão e voltam,
ou que
apenas lá ficaram,
ou que
simplesmente voltaram para ficar,
Resumindo-se
ao vazio do corpo
e ao
seu gesto uni constante...
-
tic, tac, tic, tac, tic, tac...
Marco Mangas @ 13 de Junho de 2014
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