quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Ainda há pouco...



Ainda há pouco aqui estava
sentado,
diante o espelho,
provando as gotas do seu reflexo,
querendo desvendar
marcas de um passado
e algumas dedadas
do teu corpo.
…e nada.


Ainda há pouco aqui estavas
sentada,
diante o meu corpo,
teu sorriso
tocando o meu rosto,
palavras dóceis,
d’encanto, volúpia…
Sensatez do poema,
uma pedra fria.


Marco Mangas @ 18 de Fevereiro de 2016

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

banalidades de um poeta


nasci carne e osso,
sonhei no infinito,
escrevi durante a queda no precipício,
semeei esperança,
compus a terra,
observei o nada,
pintei minhas mágoas,
viajei sem rumo,
sobrevoei outeiros e oceanos,
cruzei caminhos,
rasguei folhas de árvore,
sorri para a pétala de uma flor,
admirei o excêntrico,
descobri um ser,
colhi o explendor,
apaixonei-me pela vida,
contemplo a morte

…banalidades de um poeta!

Marco Mangas @ 17 de Fevereiro de 2016