...E no reflexo de sua página,
Su'realidade...
Um suspirar de desalento.
Suas pernas rastejavam
sobre aquele misto de terra,
sangue, suor e lágrimas,
num prazer de dor cristalina,
ajoelhado e rendido a tal adágio,
a tal sonho que nunca se revelou,
consumido pela sede do cansaço,
pela fome de suas palavras.
Seus olhos barrentos e deslumbrados,
(somente) iluminados pela poeira,
p'lo reflexo de sua página,
Su´realidade.
Em seus braços imaculados,
transportava o paladar
do seu prazer, do seu destino,
do reflexo de sua página,
Su´realidade.
Marco Mangas @ 23 de Março de 2014
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