terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

E assim...



E assim…
Navegamos ao ritmo do silêncio
de cada palavra não proferida,
enterrada e recalcada.
Uma vala comum de sentimentos,
folhas, cadernos, blocos,  letras, vozes.

Naufragaremos um dia (para sempre)
sob uma lápide contrastada com versos,
rosas, crisântemos, ou não…
Palavras dispostas, sem tonalidade,
abraçadas à terra e ao incontestável.

E assim…
Enterraremos a poesia.



Marco Mangas @ 25 de Fevereiro de 2014

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