Admiro e soletro esta inquietude,
o nevoeiro da terra,
o caule das rosas,
a insensatez dos espinhos
que perfuram a carne branda,
exaltação do corpo,
pálpebras de uma tocha acesa,
espinhos de fogo,
devastação de madrugadas…
Há uma clareira, dilúculo,
gestação do medo,
outro dia,
o maior distúrbio dos horizontes,
a mesma rua vazia,
sangue derramado nas palavras,
adágio,
perfeição.
Marco Mangas