quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Aroma de poesia



Entre anseios e afagos,
pedras frias, profanas, amargas,
vislumbra-se um mar ávido a Sul,
invocando a volúpia e o prazer,
traduzido por gestos que transpiram o seu sal
num deslizo vertical de ternura,
uma sensação estranha, pura,
que estrangula a voz e a palavra,
com um simples acenar de desejo,
sua nudez presencial,
aroma de poesia.

Marco Mangas