quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Assombração


Quero assombrar o teu ego,
O teu ventre,
Mergulhar no teu corpo,
Contornar a tua sombra,
Beber e (em)beber-te,
Devorar a tua imoralidade,
O suor dos teus pecados,
O aroma dos teus desejos…
Quero perder-me no teu labirinto,
Incendiar-me de tesão,
Atingir o clímax da tua madrugada
Quente e húmida,
Sem nexo, nem (com)plexo,
Até atingir o pulsar do teu orgasmo
Crescente e selvagem,
Enlouquecer na miragem da tua assombração!


Marco Mangas @ 29 de Janeiro de 2014

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

A sua razão...



Ausência presenciada,
Sombra da argumentação,
Honrado seja o seu veneno,
Sua dissertação:
Louca, transpirada, tresloucada…

Que ousadia cristalina dissipada
Reparo aceso, amplo, sem prisão,
Sortilégio no seu pleno,
Num rumo índole, robusto: enumeração
libertina, voraz, consumada.

Discreta sombra declinada,
Criatura em mutação,
Esboço do grito obsceno,
Cruel à medida da sua aproximação,
Incontestável e interpolada…

…A sua razão…



Marco Mangas @ 1 de Janeiro de 2014